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domingo, 29 de junho de 2008

Vêm de Berço

Tem coisas que aprendemos.
Outras repetimos.


"Os encontros são para se divertir e as pessoas devem aproveitar para se conhecerem melhor. Até os meninos têm coisas interessantes para dizer se prestarmos bastante atenção."
Luísa, 8 anos.


"No primeiro encontro contam-se mentiras interessantes para conseguir um segundo encontro."
Martim, 10 anos.


pois sim.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Dias

Hoje tive um dia de folga.
Oba! Vou pra casa ter um diazinho todo pra mim!
Aí uma muito amiga que não via há mais de 5 anos me telefonou.
E passamos um diazinho todo pra gente!
Só pra mim tenho a vida inteira...

domingo, 22 de junho de 2008

Verdade

"Gostou do meu cabelo novo?"
"Não, preferia antes."
"Creeeedo! Você, hein?"

Pois então vamos a ela.
Difícil e necessária verdade. Ela machuca bom. Dor boa de quem a partir dela, passa a saber. Mas também a partir dela lida com um mudo sem muros, sem plástico bolha, sem máscaras de afetos ou desafetos.
Verdade que, crua, abre os olhos de quem não via.
Que põe os óculos e os graus certos na teimosa miopia.

Combinado assim: vamos falar toda a verdade?
Combinado assim.


"E aí? O que achou da minha peça?"
"Uma merda."
"Ah, vai se f#*&r"
"Quem me dera."

Agora tudo é desafio.
Agora tudo é mais difícil.
Agora tudo passou a ser.
Agora é melhor.
Depois vai ser melhor ainda.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sobre escrever, felicidade, angústia e Fiona Apple

Numa entrevista, a Fiona Apple, respondendo o porquê de suas músicas serem todas melancólicas e com letras de relacionamentos conturbados, disse sorrindo e simplesmente que os dias em que ela "necessitava" sentar no piano pra compôr eram aqueles que a angústia tomava conta, por isso precisava transformar em música...

Entendo.

Entendo perfeitamente.

Com licença, vou viver um pouquinho que a necessidade de escrever não veio.

assistam um cadinho dela, que vale à pena.
http://br.youtube.com/watch?v=_A2gor-sbFU&feature=related

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Miopia

Passa alguém do outro lado da rua. Te acena. Você nem.
Vem se aproximando alguém. Você sorri. Nunca tinha visto antes.



É assim.
Coisa de quem só vê de perto. De longe é como debaixo d'água. Nem adianta.


A distância abre espaço para a imaginação. Não dá pra enxergar, não dá pra saber de verdade, aí a gente abusa de inventar! Dá sim, pra adivinhar o movimento do outro, mas pra isso é preciso conhecer. Conhecer ao menos a silhueta. Ao menos a ginga. Senão, qualquer mané vira teu pai, uma outra qualquer sua melhor amiga, e chegando bem pertinho lá vem o susto: nada a veeer!!!
É assim também com as histórias.
(Mas aí não dá pra generalizar. Talvez pra isso seja preciso ser 'míope de percepção'. Me designei assim.)
Só consigo saber de perto. Não me venham com a certeza de que eu vou saber o que se passa contigo lá em Oiapoque. Não. Chega perto, que aí eu enxergo.


Mas o bom da miopia (da vista!) é que, tendo os óculos, a gente ganha a opção de presente. Querer ver. E querer não ver. Uma questão de momentos, escolhas e vontades. É que às vezes enxergar demais dói. É a tal da verdade. Mas aí já é outra história, um dia conversamos sobre ela...

domingo, 8 de junho de 2008

A (Minha?) Caixinha

Certa vez ganhei uma caixinha de presente.
Ela era linda, colorida e carregava um cadeadinho simpático na frente.
Ganhei a caixinha, o cadeadinho e a chave.
Abri, encontrando espaço. Apenas espaço para mil possibilidades.
Deixei então a caixinha em cima da estante, enquanto examinava qual seria a possibilidade escolhida para preenchê-la.
Fotos? Lã? Escritos? Segredos?
Não decidi.
Ela ficava enfeitando a estante, dando um charme a mais ao quarto, assim, sem utilidade...
Num dia, precisando de mais espaço, a caixinha deu lugar aos livros e foi parar num lugar qualquer, talvez em cima do armário, talvez numa gaveta esquecida, talvez.
Eu continuava afazeres nem lembrando de sua existência...
Foi quando uma vez, num estalo: precisei da caixinha! Descobri um tesouro importante, valioso, eu precisava guardar e tinha de ser ali!
Procura, sobe armário, liga pra mãe: onde está minha caixinha?
Achei.
Ela continuava ali, embora empoeirada:
Em cima do armário, esquecida e linda.
Peguei minha caixinha! Tirei poeira, passei pano, beijava a caixinha: como pude?
Nesse dia, sozinha em casa, eu olhei meu pequeno tesouro e minha achada caixinha e percebi que eu tinha tudo.
Foi quando me dei conta que não tinha mais a chave.
Estava tudo ali, mas me faltava acesso. E achei desrespeitoso arrombar cadeado.
Meu tesouro continuava sem casa e minha caixinha voltou a ser enfeite.
E eu, aprendi a tomar conta direito.

sábado, 7 de junho de 2008

Reciclando

E como a vida, por mais que evolutiva, se repete,
sigo com post já postado
idéia já pensada
alegria parecida:


Domingo, 24 de Junho de 2007

O Silêncio
Quem mora em cidade de buzinas, mais gente do que espaço, excesso de poluições das mais diversas, clama por ele.Quem exercita o ouvido a sutis melodias, sobreposição de vozes, pianíssimos e ainda assim perceptíveis, clama por ele.Subir ao alto de uma montanha e ouvir o silêncio interior que a beleza traz é impagável.Olhar nos olhos e calar o silêncio com um beijo tem o tamanho do frio na espinha.Poder fechar as janelas e viver o silêncio da paz e da calma de ter casa é quase (não quase, é.) realização de sonho.O Silêncio.Entidade em letra maiúscula tão esperado, tão necessário, tão envolvimento comigo mesma, tão companheiro de meditação - estado único.Quando o mundo grita, e tanto grito sufoca, clamo por ele.Quando a voz interna embaralha, são mil eus recorrendo às mais diversas escolhas, clamo por ele.Quem, como eu, acompanha contradições (internas e externas) diariamente, aguarda a tão esperada hora do silêncio para viver em paz.Mas o silêncio também mata.Basta ele vir sem ser chamado.Ele afasta. Afastando, dói. Doendo, me mata, aos poucos.É hora de clamar pelo grito.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Coador de Pano II

lembram do coador de pano?

http://outrapartedemim.blogspot.com/2008/03/coador-de-pano.html

então.
há alguns meses que tomo café extra-forte e não sei porque fui comprar logo o extra-forte, já que sou adepta ao chá-fé, ainda assim tomei o pacote inteiro.
semana passada ele acabou. eu já andava achando forte demais, ou meu estômago forte de menos. fiquei feliz, ele acabou.
ontem fui contente ao mercado comprar um café tradicional!
hoje acordei e passei pelo coador de pano o café tradicional!
uma beleza!

tomei.


estava amargo.

pausa para tentar entender, enquanto tomava o tradicional amargo...
.
.
.
foi o coador de pano.
passou do tempo.
sim, eu lavava depois de usar.
sim, ele secava ao ar livre.
sim, cuidei direitinho com todo o cuidado que ele necessitava.
não, ele não mofou, nem rasgou.
mas amargou.
ou foi a saturação do pano, ou foi o tempo mesmo, o fato é que o coador que estava comigo há mais de um ano perdeu sua função.

joguei fora.
todo aquele cuidado de mais de um ano.
joguei fora.

é...
as coisas materiais têm prazo de validade.
as materiais, têm sim.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Eleições

Em breve começam as campanhas dos candidatos à prefeitura.

Se queres saber o caráter de um homem, dê a ele o poder.

Uma vez me disseram isso. Concordei. No dia, com o conceito. Hoje, com propriedade de causa. O difícil é permanecer generoso e principalmente modesto quando se têm o comando nas mãos.
O candidato do partido do prefeito da minha cidade já deu a campanha por vencida. E já tem agido como dono da situação.
Fala besteira, é arrogante e grosso.
Mas a cidade toda já conhece o principal concorrente.
Que já foi prefeito algumas vezes e não perdeu o falar de igual, o olho no olho, a generosidade.

Sei que aqui não é lugar para campanha, mas prefiro dar crédito ao Jorge.
Sei que ele, ainda que com o poder nas mãos, continua sendo o Jorge. O mesmo.