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domingo, 24 de junho de 2007

O Silêncio

Quem mora em cidade de buzinas, mais gente do que espaço, excesso de poluições das mais diversas, clama por ele.
Quem exercita o ouvido a sutis melodias, sobreposição de vozes, pianíssimos e ainda assim perceptíveis, clama por ele.
Subir ao alto de uma montanha e ouvir o silêncio interior que a beleza traz é impagável.
Olhar nos olhos e calar o silêncio com um beijo tem o tamanho do frio na espinha.
Poder fechar as janelas e viver o silêncio da paz e da calma de ter casa é quase (não quase, é.) realização de sonho.
O Silêncio.
Entidade em letra maiúscula tão esperado, tão necessário, tão envolvimento comigo mesma, tão companheiro de meditação - estado único.
Quando o mundo grita, e tanto grito sufoca, clamo por ele.
Quando a voz interna embaralha, são mil eus recorrendo às mais diversas escolhas, clamo por ele.
Quem, como eu, acompanha contradições (internas e externas) diariamente, aguarda a tão esperada hora do silêncio para viver em paz.


Mas o silêncio também mata.
Basta ele vir sem ser chamado.
Ele afasta. Afastando, dói. Doendo, me mata, aos poucos.

É hora de clamar pelo grito.

2 comentários:

Maria. disse...

tb acho.

Unknown disse...

eu já disse e repito: grita, quando precisar. vou dar uma sumida de novo. família em apuros. mas vc sabe q eu me divido em mil para tá do lado de quem amo... um beijo da alma com muito silêncio de paz pra vc.