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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Final Feliz?

"E eles viveram felizes para sempre".
Assim acabam os filmes, na maioria. Gostaria muito de saber o que acontece depois. Será o quê? Só será interessante mostrar a dificuldade passada até o momento do encontro? Ou a felicidade é tão morna e desinteressante que não convém contar?
Ando descobrindo muito, nesse momento "pós encontro".
Não, não existe "feliz para sempre", sinto informar.
Aliás, manter a felicidade acesa é uma trabalheira. Nada morna e nada desinteressante.
Sem contar que as pessoas mudam. Muito. Sempre. A começar por nós mesmos, inclusive. Daí, já temos novos encontros de tantos em tantos períodos: eu-hoje com você-hoje, eu-amanhã com você-amanhã, eu-duas-décadas com você-duas-décadas. É tanta gente nova necessitanto de um reapresentar-se quase que diário... nada morno. Nada tédio.
Não será necessário divulgar isso? Porque, até chegar em tal momento, eu mesma acreditava em "felicidade morna". Não digo euforia, não... essa não é nada morna. Digo aquela, do dia-a-dia, tão evitada para não cair em rotina.
Sinto informar, mas a rotina também não existe. Aliás, existe sim, mas dentro daqueles que sempre a tiveram. Portanto, nenhuma novidade.
Quando vejo, então, casais que realmente se amam - e já sabem disso - fugindo sabe-se lá do quê, penso que pode ser disso... Da rotina, da mesmice, da felicidade morna.
Por dentro, apenas discordo em silêncio.
Aqui, posso dizer somente uma coisa: Não tenham medo. Aquela felicidade que não é mostrada nos filmes, que fica no imaginário de cada um, pode ser interessantíssima. É um conhecer e re-descobrir constante. É mergulhar cada vez mais fundo. Em nós. É um espelho, é verdade. Que, de tão diferente sempre, não se cansa de ser observado.

Portanto, sejam felizes para sempre. Vale à pena.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Sobre Arrepender-se


Como ouço "Eu não me arrependo de nada!"...
Andei pensando: como não? Eu me arrependo O TEMPO TODO!
Me arrependo de não falar; de às vezes falar demais; de não fazer; de fazer exatamente o contrário do que deveria; de clicar no "enviar" (putz, o enviar! Deveria ter um "você tem certeza?" posteriormente!); me arrependo de confiar demais; de ter demorado tanto pra confiar em outros; de comer um chocolate de marca ruim; de ter pego um ônibus ao invés de ir de bicicleta; de pegar a Rua Jardim Botânico que está um trânsito danado enquanto a Lagoa pudesse estar vazia; de me entregar demais, de me entregar de menos; de ter dormido ao invés de ir na festa da amiga, onde parecia importante minha presença; de dormir tarde e não conseguir levantar no dia seguinte; de ter traído uma vez; ou machucado alguém; de não ter me preparado melhor pro teste; de ter me preparado demais e não ter deixado a coisa fluir... ufa!
Ou eu sou muito paranóica ou as pessoas andam falando muito sem pensar!
Porque com uma coisa eu concordo: se eu pudesse voltar atrás, até faria de novo, pois precisei daquele dia pra NUNCA MAIS repetir. Mas isso não significa que não tenha me arrependido! Mas será que é então assim, carregamos essa nossa verdade tão dura e pomposa que o outro não tem nem sequer o direito de ouvir "desculpa"? Sim, porque pelo que me parece, pedir desculpas é uma consequência do arrependimento...
E por falar em "falar sem pensar", como nós falamos sem pensar! Existem umas expressões tão repetidas (como as repetidas "frases feitas") que parecem que saem de nossa boca sem passar por um processo de aceitação daquela verdade.
Essas entrevistas rápidas (tipo "jogo rápido") são mestras nisso. Tá certo que o entrevistado quer ser visto como um cara maneiro, boa pessoa... mas você acha mesmo que o momento mais feliz da vida dele é "aqui e agora"? Ele realmente está mais feliz respondendo um questionário do que esteve quando comprou seu carro? Ou conheceu sua mulher? Ou quando conseguiu o trabalho que agora o faz requisitado? Duvido.
Ah! E sobre "é melhor se arrepender de ter feito do que de não ter feito"... ainda não estou tão certa disso. Afinal, o que foi feito, não tem volta. E o que não foi, ainda pode ser feito, porque não? Pois (terminando com uma FRASE FEITA) oportunidade é a gente que faz, não?

Até a próxima.


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Nossa Casa

"Nada como chegar em casa!"
A sensação de pertencer é uma delícia. Sentir-se em casa é o conforto que o corpo cansado pede.
E a casa pode ser A casa, mas pode ser um quarto, um travesseiro, um colo.
Tem dias em que rejeito o mundo e vou para casa. É quando grita a necessidade dessa sensação.
É gostoso construir aos poucos o lugar onde se fica. Porque é assim: arruma-se uma planta, uma cortina, um quadro. Escolhe-se a cor da tinta. Para qual finalidade? Para ficar. Estar ali, sentindo-se em casa. É o descanso depois de um dia cheio, é o refúgio nas noites em que se opta pelo vinho, pão, azeite e calma.
A nossa Constituição garante como fundamental o direito à propriedade (aaah, nossa Constituição, bobinha, mais sonhadora do que eu, vai dar uma voltinha pela rua à noite contando quantos por lá dormem e depois a gente conversa!). Mas enfim, acho que na minha constituição estaria decretado a todos o direito de sentir-se em casa.
Aliás, nesse mundo incerto de aluguéis e contratos curtos (e que ainda assim os curtos podem ser encurtados), só peço e cultivo esse "pertencer a". Em pouco tempo de mudança, aqui estou eu: aconchegada entre velas, música, edredom. E pronta para a próxima, já que o mundo é cheio de sustos e surpresas.
Mas o conforto interno permanece. Mora aqui.
Nossa casa, a gente é quem faz. E é por dentro.

Até a próxima.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Paixão Arrebatadora

Conversa de elevador:

Moça ruiva - Oi, Ju, tudo bem?
Ju - Tudo indo.
Moça ruiva - Indo? ...Pra onde?
Ju - Sei lá... terminei com o Léo..
Moça Ruiva - Mas por quê...? Da última vez que te vi, você tava tão empolgada...
Ju - É... passou. Acabou aquele fogo todo.
Ascensorista - Décimo.
Ju - É o meu. (pra moça ruiva) É que eu quero alguém que me tire o ar, sabe? Tchau, Lia!
Lia (a ruiva) - (...) beijo!
a porta fecha

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Mas vem cá: "...alguém que me tire o ar"...
Não seria melhor alguém que nos faça respirar mais leve?

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E, por falar em término, não esqueço o que um amigo uma vez me disse:
Terminamos a relação de anos. A gente não era mais marido e mulher, viramos nossos melhores amigos. Foi muito difícil, porque a gente se amava muito, mas sabia que tinha acabado. E o final foi a fase em que ficamos mais juntos. A gente se abraçava muito e tava sempre grudado. É porque a gente sabia que tava precisando de colo.