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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vale Felicidade

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- porque o vírus quando sente que não está em ambiente propício se recolhe, mas não morre. e no dia em que o local volta às devidas condições favoráveis, ele se alastra novamente como se o tempo não tivesse passado.
- e você acha que o amor é como o vírus?
- é, tipo isso.


tá. eu não. sempre fui a favor de proporcionar as condições propícias. porque vida não espera.
mas tá. eu sim. sempre fui capaz de deixar guardado como se o tempo não tivesse passado. porque amor não é coisinha fácil de se achar em qualquer esquina.

coração guardado em freezer é realmente característica (pois não ousaria dizer qualidade) que nasceu comigo.
é que amor,
tal como verdade, felicidade, fantasia, chocolate e essas coisas absolutas,
não têm tempo.
não têm espaço.
moram num universo paralelo e se impõem e se sobrepõem sem que tenhamos menor chance de controlar.
então o tempo é deles e não nosso.
então deixamos de lado a mania de são pedro de querer mandar no tempo, pra não fazer chover onde alagado está.

e como saber o que se deve (até que ponto) fazer? o que se deve (até que ponto) deixar de? o que se deve simplesmente aguardar?
fica a dúvida.
fica o "vale".
um tal papelzinho imaginário escrito "felicidade" em letras miúdas que a gente guarda com todo afeto.
uma tal chance de que se não é pra hoje, um dia há de ser.
uma esperança qualquer que faz os dias correrem com um pouco mais de sorriso e firmeza nos pés.

porque sem objetivo não se levanta da cama.
e sem se levantar não se consegue nem manter a cama.

tentando então andar pelo caminho do meio, sempre mais saudável (imagino), nem imponho nem deixo estar.
faço o que me cabe ainda que seja quase nada.
um suspiro,
um sorriso,
uma lembrança.
pois dizem que o tempo resolve tudo. mas se não for verdade, ao menos a cabeça encosta leve no travesseiro, sabendo-se ter feito todo o possível.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Essa Coisa Antiga

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pois ao encontrar papel amarelado, com as dobras em semi amasso, não. não vai pro lixo.
vem pra cá.
pois na falta de tempo pra novos textos, vai que alguém se identifica.
vai sabeeer... lá laiá laiááá...
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Espelho.

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quando o outro é um espelho seu, é duro e dolorido. se enxergar assim ao vivo e a cores soa bastante esquisito. porém fica bem mais fácil de compreender. o outro. quando sabe-se de si.

perguntas que faço à parede, pois daquelas explicaçõezinhas concordo que não precisamos.

- o que você veio fazer aqui? pra quê?
- por que quis me contar aquela estória toda? qual intuito?
- por que trocar o sujeito da oração, detalhe relevante? mentira? resguardo? covardia? não entendi.
- pra quê tanto cuidado com uma estória nova como a nossa? precisa?

é que no fundo, apesar de alguma tristeza, ou alguma raiva, ou alguma decepção, ou não só alguma mas muita, eu leio esse conjunto de atitudes atropeladas como tentativa de respeito e/ou consideração com esse início de caminho.
e então te digo.
isso pra mim (essa tentativa) é o mais importante.
ainda que possa ser uma tentativa apenas para se sentir melhor, "o cara bacana", dormir com a cabeça leve no travesseiro... me diga: adianta?

e então pergunto (só mais essa)

- se no decorrer dessa semana você pensar em mim, me avisa?

(que o bom da verdade é que às vezes é ótimo ouvir)