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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Miopia

Passa alguém do outro lado da rua. Te acena. Você nem.
Vem se aproximando alguém. Você sorri. Nunca tinha visto antes.



É assim.
Coisa de quem só vê de perto. De longe é como debaixo d'água. Nem adianta.


A distância abre espaço para a imaginação. Não dá pra enxergar, não dá pra saber de verdade, aí a gente abusa de inventar! Dá sim, pra adivinhar o movimento do outro, mas pra isso é preciso conhecer. Conhecer ao menos a silhueta. Ao menos a ginga. Senão, qualquer mané vira teu pai, uma outra qualquer sua melhor amiga, e chegando bem pertinho lá vem o susto: nada a veeer!!!
É assim também com as histórias.
(Mas aí não dá pra generalizar. Talvez pra isso seja preciso ser 'míope de percepção'. Me designei assim.)
Só consigo saber de perto. Não me venham com a certeza de que eu vou saber o que se passa contigo lá em Oiapoque. Não. Chega perto, que aí eu enxergo.


Mas o bom da miopia (da vista!) é que, tendo os óculos, a gente ganha a opção de presente. Querer ver. E querer não ver. Uma questão de momentos, escolhas e vontades. É que às vezes enxergar demais dói. É a tal da verdade. Mas aí já é outra história, um dia conversamos sobre ela...

3 comentários:

Unknown disse...

A tal da verdade é Phoda!

Nanda Marinho disse...

Nossa... nunca tinha parado para pensar como sou felizarda por usar óculos ha 15 anos! Os quatro olhos são os mais sábios, escolhemos nossas fortunas! E se somos pegos desprevenidos ainda podemos acreditar termos visto demais ou de menos. Uma espécie de super poder, como o super homem: seu desfarce são duas lentes em finas armações. Não tiremos as lentes, então! Quem sabe um dia nos descobrem? Adorei!!! Beijão

Anônimo disse...

ass: quem sou essa.