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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Outras Histórias de Carnaval

(as que ficaram faltando)


Julita saiu de Sampa cinzenta para tirar férias no Rio. No carnaval colorido dos blocos do Rio. Sua cabeça estava em parafusos. Estava prestes a largar o antigo emprego em nome de um outro, bastante promissor porém totalmente incerto. Largou a cidade-trabalho e veio se divertir. No meio dos blocos, entre uma latinha de cerveja e outra, um tapinha em cigarros emprestados e gargalhadas com as amigas de infância, sua mente mais parecia uma cachoeira de fichas que caíam. Julita foi ao banheiro químico da praça acompanhada de sua prima Leta. Leta estava semi bêbada e egraçada como nunca. Além disso, precisava fazer xixi. Foram. Julita fazia seu xixi equilibrado enquanto pensava, meio tonta. "Vida nova é algo maravilhoso mas dá um meeedo" Saiu do banheiro químico e continuou pensando. "Amigas de infância me conhecem como ninguém. Às vezes mais do que eu mesma" Ficou ali, esperando Leta sair. Ela demorou, mas saiu. E a cabeça de Julita transbordava informações, assimilações. "Ufa, somente Leta para tirar aquelas conclusões filosóficas fantásticas do chapéu que acabam - ou não - me tranquilizando" Lá vem ela.

Leta - Cara...
(Pausa. Significa que lá vem das boas)
- ... Me mijei toda.
(!)
- ... Minha perna está encharcada.
(!!)
- ... Nunca fiz um xixi tão disperso.
(!!!)
E quás quás quás quás... Nada como uma boa filosofia.


A da Coelhinha também foi incrível. Coelhinha saiu em todos os blocos com fantasias divertidas e pega-nínguem. Estava sempre engraçada, curiosa, fantástica, mas nunca gata. E ela é gata. Enfim, último dia de bloco, Coelhinha saiu para matar. Colocou aquele collant preto pequenino, meia calça arrastão cor de abóbora, pomponzinho e tudo. Caprichou na gravatinha "playboy" e lá se foi pro bloco vestida para matar. "Hoje tem", diziam as amigas, animadas. Se juntou com o grupo dos solteiros de Ipanema, bairro onde mora, e lá se foram. Lindos, felizes, divertidos. Todos com objetivos nada recatados. Coelhinha chega no bloco e dá de cara: o ex. O recém ex. O ex que se foi nas vésperas do carnaval. Aquele que ficou três semanas deprimido em casa e pela primeira vez havia resolvido sair para espairecer. Agora me diz: porque não encontrar Coelhinha no dia em que ela estava vestida de seu boneco? Depois alguém contou que viu o ex da Coelhinha no bloco da quarta de cinzas com um arco de chifrinhos na cabeça...


Achado não é roubado. Achamos um celular no chão. Olha prum lado, não há ninguém. Pro outro, vazio. Pega-se o aparelho e espera. Alguém há de aparecer. Ninguém. Com o ar caridoso de quem acabou de ser furtado de sua querida câmera nova digital, tentamos fazer algo pelo cidadão que largou o celular no posto de gasolina. Vamos tentar ligar pro último número. Chamadas discadas: Vic Nic (nome real). Chamar. "Seu saldo é insuficiente para realizar chamadas..." Ops... Bom, partiu pro bloco, alguém há de ligar. Voltamos. Eis que certa hora toca o tal telefone. Era o tal Vic Nic. "Alô" "Alô, quem tá falando?" - já com um ar de quase ameaça. "Aqui é a pessoa que encontrou o celular do sequelado que esqueceu no chão do posto." "Eu estou no posto e não estou te vendo, onde você está?" Disse Vic Nic, com voz de quem não estava muito contente. "Voltei pro bloco, mas já estou chegando aí, você pode esperar um minutinho?" E fomos. Eis que toca o celular novamente. Mari. "Alô". "Alô, quem tá falando?" "A pessoa que encontrou o celular no chão do posto, mas já já ele será devolvido e você poderá falar com o dono dele." "O dono dele é a Pati, ela está aqui do meu lado, pra quem você está indo entregar?" "Pro Vic Nic. Tentei ligar pra alguém, mas a Pati estava sem crédito. Foi quando Vic Nic ligou e disse que estava no posto então estou indo lá pra devolver pro Vic Nic. Tudo bem pra Pati, eu deixar com Vic Nic?" Mari agradeceu às gargalhadas. Pati deu um berro eufórico. E eu, acho que formei um casal feliz.


Bom, minha gente. Essas são algumas das "reais" estórias floreadas de carnaval... Eu postaria fotos dos blocos e tal, se aquele feladap. não tivesse me levado minha câmera novinha no bloco lotado de Santa Teresa...
Bebe, é isso que dá!

2 comentários:

F. disse...

Tava pensando hj que queria escrever sobre alguma desssas histórias... bom te ler... vou ver se te escrevo no fim de semana.... saudade!

Anônimo disse...

tá ótimo... vc tá cada dia melhor!
mas aqui. quero saber os personagens reais pq algumas histórias não acompanhei.. rs. bjinhos.

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