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domingo, 22 de março de 2009

Sobre Mostardas, Vinhos e Canetas

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Há quem goste das coisas (quaisquer coisas) em quantidade. E há aqueles que optam pela qualidade.
Vejamos.
Se for medir por canetas, prefiro quarenta e nove bics coloridas a uma mont blanc lacrada em sua caixa de veludo. Sem pensar duas vezes. Mas não me venha com qualquer tinta amarela tentando me convencer de que aquilo é mostarda. Não. Isso não.
Percebi que são alegrias completamente diferentes e que provocam satisfações em lugares totalmente distintos.
A quantidade traz uma euforia infantil, delícia. Algo como enfiar a mão no saco de 1kg de M&M's. Criança correndo em loja de brinquedos, ou um sebo de onde não se sabe por onde começar e quais títulos levar. Quantidade parece mágica, impossível, inalcançável.
Já a qualidade oferece a realização plena, me lembra meu avô sentado em sua cadeira de couro, lendo. Ou o sabor em pequenos goles que satisfazem mais pela peculiaridade do gosto do que pelas goladas da sede. A qualidade cala a culpa do gasto em tempo de crise. Um gole daquele vinho nos faz fechar os olhos e esquecer o preço. Talvez por isso minha mãe viva repetindo: o barato sai caro.
E até mesmo esquecendo itens materiais: quem ganha a discussão de que mais vale um passarinho na mão do que dois voando? Mil passarinhos provocam um vôo ímpar, bonito de ver que só. E o que dizer do animal que te reconhece como dono e vem te dar boa noite ao chegar em casa?
Sobre esse muro alto divisor de alegrias, vou caminhando lentamente, ora pulado de um lado, ora paquerando o outro.
Será querer muito, grande quantidade de alta qualidade?
Existe isso?
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3 comentários:

F. disse...

Qualidade sempre!

Anônimo disse...

quemsouessa.zip.net
sobrevive.

texto bão o seu!

b.

Mr. G disse...

eu quero quantidade de alta qualidade!!!!!


vou virar frequentador!!!