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sábado, 1 de novembro de 2008

No Auge do (des) Processo

saiu:

É verão e caminho em versão pálida.
É cidade e praia e luzes e câmeras
e preciso passar em museu.
E de que maneira seria assim possível?
Treino línguas, tons menores,
toco olhar,
anéis,
tambores.
Fujo da razão.
A razão única agora é a inexistência dela.
Tudo o que é meu mais meu
mais "eu sinto"
urge por ser resgatado
deve ser isso:
pura saudade de mim.

E o que dizer sobre o que se passou?
Que estava louca,
que antecedi os passos, os dei mais largos,
errei nas escolhas?
Que caminhava em estrada errada, andava mal interpretada,
mal aproveitada, dava voltas em bolha minha?
Não.
Não.
Apenas necessitava (e ainda) do corpo na sombra,
da cabeça no colo, no travesseiro, de lembrar da casa o cheiro.

De caminhar.
Sem pressa.

***

e depois do descanso merecido, a volta, por fora ainda pálida, reluz em arco-íris interno.

3 comentários:

Anônimo disse...

minha irmã pérola.

descanse no teu arco-íris...


poeta se faz de dor mas tb de paz.

siga leve que tamo juntas.
b.

asdantas disse...

Meu colo é todo seu, meu amor.
Meu colo, é todo seu meu amor.

Anônimo disse...

Sem pressa de dentro extende-se o arco-íris: poesia...