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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Grande Manoel

para a desesperada de amor que doente persegue uma relação saudável como um banho no lindo lago de coca cola light do amor

um:
um tirésias sub_atômico pediu que eu lhe avisasse:jogue reto. Se procurar desvios, faça como a água. Tanto em um caso como outro procure jogar como a criança. de verdade, na matéria. jogos são bons, desde que sejam, por mais abstratos, materiais.
dois:
o que é pode deixar de ser? o real pra mim é verdadeiro pra você?
três:
eu invento intenções. voce inventa enganos. eu e você enlaçam os pescoços com cordas discursivas para então depois acontecer o quê mesmo? já sei, suicídios possíveis. já sei, medrosas atitudes. já sei, dissipação de energia. não sei, o que você e eu querem dizer um ao outro mesmo?
quatro:
eu me predispus. você apareceu. eu já havia me decidido que haveria, por alguns meses, um você. e o você apareceu. mas você veio melhor que a encomenda. você é melhor que o você que o eu imaginou. e como fico? mais uma volta na corda.
cinco voltas:
nas corridas quem dá mais volta em menos tempo ganha. no mercado de suicídios também. obviamente o que vale é dar voltas e desaparecer nelas. ou então, performar a morte. um corpo no momento em que deixa de viver.
seis:
deixar de viver corresponderia, grosso modo, a deixar de produzir reações metabólicas. é mentira isso tudo. o corpo, mesmo morto, se transforma. a morte é a continuação da transformação. o corpo definha. o corpo vira o que era um corpo. o corpo se parte. o corpo, na realidade, dá a ver o que ele realmente é: meras plenas partes.
sete:
que importa quem diz eu?
oito?
para quem importam meus olhos? eles importam para quem os vê. eles são importados para todos os mundos que eu mesmo não vejo. mundos, mundos, mundos. as vezes não dou conta dos mundos. sempre, quis dizer.
nove
ela quis dizer ama você. mas ela ama mesmo a si. e isso é bom. verdadeiramente muito bom. ela quer se transformar. o bom disso é que ela quer que você a leve. uma mão, uma mãe. ela ama você. essencialmente. como a ela mesma olhando para ela por você. ela ama a si, por seus olhos, você, mediação. o eu que ela através de você consegue ver.


do Manu, Manolo, minha Cibele querida, que me deixa em desavesso.
querendo mais, tem link ali.
"telepifania".

Um comentário:

Maria. disse...

grande manu!
incrível não?
só tenho é que ler pela terceira vez pra ver se estou de acordo. rs.

mas estou sim.