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sábado, 16 de junho de 2007

Falta


De sono.


De ar.


Remexo o passado, vasculho papéis... procuro alguma coisa que preciso carregar comigo, mas não encontro. Falta alguma coisa. Esqueci... e foi aonde, mesmo?


Como se o mundo estivesse estacionado numa vaga qualquer, bem longe. Ficou guardado, amarelado, enferrujado. Procuro então sob a poeira qualquer papel que guarde meu nome. Mas eles estão em branco. Desisto de escrever qualquer coisa sobre eles, não se aposta o futuro em folhas velhas...


Aparece em minhas mãos uma foto 3x4. É o rosto de um bebê. Sou eu? Digo, fui?


Pouco importa. Ele ainda tem brilho nos olhos.
Crédito da foto: Sinais do Tempo (Elda Maria)

2 comentários:

Daniel Pitanga disse...

Se um dia de manhã bem cedinho,
Logo nas primeiras horas do sol
Quando o ar ainda está
Bastante úmido e molhado
Eu acordo deitado no teto.
Abro os olhos bem devagar e
Vejo minha cama arrumada

Se nesse dia eu parar para pensar
Em tudo o que não
Foi

Foi nesse dia que um dia descobri
Que está tudo ao contrário

Me levantei bem devagar
Estiquei as costas
Senti frio

Passei com cuidado pelo lustre
E desci pela parede
Onde saí pela janela

Será que esse dia vai chegar?

O que será que farei
Quando estiver lá fora
Sem camisa,
De pé na parede externa do prédio?

Foi num dia desses que resolvi voar

Mas foi um vôo diferente
Eu voava de costas para o chão
De maneira que pude olhar para o céu.

Fazia calor agora

Será que nesse dia vou pensar em pousar?

Teve um dia que eu pensei em ser feliz

Quando estava ali bem calmo,
Bem lá no alto
Pude olhar o céu e não mais a terra

Pude saber como é ser feliz

Será que um dia eu poderei ser livre para imaginar?

Quando foi mesmo que você me chamou?

O que será é sempre o que não foi?
Ou o que foi poderia ser diferente?

Um dia acordei tarde na minha cama,
Senti calor
Mas não me levantei

Maria. disse...

1-ufa seu texto
2-ufa esse poema aí do daniel
3- ufa esse monento


vamos nos falar só virtualmente? isso mesmo?