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domingo, 21 de setembro de 2008

Sobre o Desenvolvimento da Coisa-Gente

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Então, no fim, ela estava pronta para começar.
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Ela se sentia um tanto casca, um tanto gema, um tanto não-pronta.
Mas estava ali, cumprindo o dever tal que lhe teriam proposto.
O dever que duraria uma temporada tal que ela teria aceitado.
Mas pronta, pronta, assim, prontíssima.
Não, não sentia.
A volta pra casa pós-dever realizado era sempre com a sensação de que um bocado mais poderia ser feito.
E toda semana ela tentava acertar.
Às vezes com mais, às vezes com menos satisfação.
E ela ouvia o retorno. Atenta, ouvia.
E observava quieta. Atenta, observava.
Eis que chegou o dia último do dever que ela se comprometera em fazer.
Chegou o último dia e no último dia ela chegou lá.
Estava pronta. Finalmente.
Ouviu de voz que nem sua era sobre seu desenvolvimento ali.
Sim. A coisa ficou enxergável.
Um dever compriiiido.
Um dever cumprido.
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