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sábado, 26 de dezembro de 2009

Dicionário Lelesque

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pois acreditem ou não, tem gente que pediu tradução do post anterior.
não sei ao certo quais palavras são assim tão difíceis, mas vamos lá.

ao menos o post foi lido até o fim, ainda que semi-entendido.
agradeço à fidelidade, amiguinhos lelesques.

cômodos - as partes da casa.

hall - um dos cômodos.

moirês - quando você tem uma estampa listrada e resolve filmá-la ou fotografá-la, a imagem "treme", o que chamamos de moirê. (moires, no original. fala moarê)

locação - as partes da casa, ou seja, os cômodos, quando usados para filmagem.

vertical - o que não é horizontal. pra saber qual é deitado e qual é em pé, lembre-se da linha do horizonte.

teto rebaixado - não sei pra que serve também. mas eu, que sou baixinha, agradeço na hora de trocar as lâmpadas.

arkana - uma loja fofa de decoração ao lado da cobal do humaitá.

fita dupla face - um durex gordinho que tem cola dos dois lados e serve para pregar coisas na parede. atenção: a fita dupla face da mesma espessura do durex não funciona para isso.

tãããão fofo - minha maneira de achar uma coisa realmente fofa.

viés - uma fitinha baratinha feita de tecido, que vende em loja de costura, serve para dar acabamento.

pão de queijo - uma delícia de lanche.

belezura - como minha avó chamava as coisas que ela realmente achava uma beleza. herdei.

madeira maçiça - uma madeira cara que eu gostaria de ter em toda parte da casa e não tenho.

joujou - papelaria na ataulfo de paiva. ficou aberta no natal.

pátina provence - um estilo de pintura branca falhadinha que fica uma graça em objetos e móveis. essa que está exemplificada na foto do escritório. (nem precisa desenhar...)

trincha - pincel chato e grande para fazer pátina provence.

arestas - você lembra da aula de geometria?

coluninha - o apelido carinhoso da minha coluna que dói.

rejuntar, rejuntei, rejunte - rejunte é o cimento branco que existe entre um azulejo e outro. o resto é derivado disso.

o tal zapt - zapt é a marca duma tinta que finge ser rejunte, porém mais prática.

tinta acrílica - tinta à base d'água que seca rápido e tem um bom acabamento.

gecko - marca de adesivos de parede.

vei - escrevi errado. era "vir".

ilhós - aquela rodinha de metal furadinha que tem nos tênis, onde passamos o cadarço. pra cortina de banheiro, ele é grandão.

pe-pessoal - são vocês que vem ler essa bobagem toda.

trocar figurinhas - já passei dessa fase, foi apenas um trocadilho.


então, mala, espero ter tirado suas dúvidas.
no mais, procure no dicionário, né!

besos.
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sábado, 19 de dezembro de 2009

Faça Você Mesmo II

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muitos posts depois, volto então ao momento casinha.
faltaram os 3 cômodos que mais exigiram soluções para que ficassem bonitinhos.


o hall e/ou meu festival de moirês particular:





fora o fato de que nenhum amigo vai querer usar a casa como locação, ou ao menos esse hallzinho, achei fofo. primeiro porque era um lugar esquecido e sem função. ok, continua sem função, mas ao menos agora é bonitinho e tem fotinhos dos amigos.
eu botei na cabeça que queria um tecido na parede. achei o tal. (na verdade, queria esse, igualzinho, mas com as listras na vertical. não encontrei). o teto azul foi sugestão do meu tio que é arquiteto e ficou responsável pela obra inicial. segundo ele, já que o teto era rebaixado, o azul dava uma ampliada, ainda que visual. e também para aproveitar a tinta azul que era para a parte superior da parede de azulejos. e economizar a branca que estava acabando. da série: unindo o útil ao agradável.
esse anjinho da bicicleta (no detalhe) foi a primeira coisa de decoração da casa nova que comprei. bati o olho e amei, a obra nem tinha terminado ainda. então pensei: "se eu não comprar agora, que ainda não comecei a pagar os grandes gastos, não compro mais. daqui pra frente, tudo vai ser mais importante do que um enfeite de parede." não deu outra. e não me arrependo. esse é da arkana e prende com fita dupla face mesmo.
os porta-retratos a princípio seriam espelhos. minha prima deu essa ideia, que ela viu na casa de uma amiga. aqueles espelhinhos cor de abobora que se compra baratinho em camelô, mas com a moldura encapada com tecidos coloridos. amei e fui ao saara (ótimo lugar pra isso! tenha paciencia e vá. certamente não agora em época de natal!!) atrás de varias outras coisas, uma pequena listinha, dentre elas espelhos cor de abobora e tecidos vários. não achei os espelhos!! inacreditável. e tava chovendo pra burro, então desisti rápido. mas encontrei vários porta retratos de tamanhos diferentes e achei que seria uma ótima. até agora continuo achando. reuni fotos de amigos bons fotógrafos e armei essa parede aí. os porta retratos dão um certo trabalhinho, mas fica tããão fofo... tecidos vários, cola branca, tesoura e criatividade. boa sorte!
aliás, o tecidão da parede também foi colado com cola branca, acabamento em viés branco. convém chamar alguém pra ajudar a colar esticadinho!



o escritório e/ou o antigo quarto de empregada:





pra quem não tem empregada, vale a pena carregar o trabalho pra fora do quarto. reservar o lugar de dormir só pra dormir, ao menos para mim, melhora o sono. fora que o escritório ao lado da cozinha é uma maravilha. você põe o pão de queijo no forno e não deixa queimar, pois sente o cheiro de pertinho enquanto faz hora no computador.
esse foi o lugar que mais deu trabalho. ufa!
eu preciso de paz pra trabalhar, portanto um lugar que transmita isso não pode ter o ar de caos abandonado que a maioria (e o meu não era excessão) dos quartinhos desse tipo têm.
pra começar, o chão da casa (que é tão fofo) aqui era uma mistura de taco com cimento, uma belezura. parecia uma eterna obra, ninguém merece. mas também a casa não é minha pra sair trocando chão, era um pouco demais. descobri na rei dos plásticos um tipo de piso, de plástico emborrachado, que você aplica e cola no chão. super mais barato e rápido. o meu, não colei. só cortei do tamanho exato do chão e cobri, como um tapete. tá perfeitinho até hoje e deu pra fazer sozinha mesmo.
a "bancada". bom, eu ia precisar tirar uma porta (do banheirinho de empregada) pra poder deixar a máquina de lavar roupas lá dentro. o que fazer com a porta? sem pensar duas vezes: uma bancada para o computador! por sorte coube certinho na lateral do quarto. uma porta, porta. branquinha e pintada, normal. achei que iria manchar demasiadamente por ser uma mesa de trabalho e resolvi envernizar. não tinha verniz transparente, mas até que gostei desse meio amarelado. parece uma bancada de madeira maçiça. ok.
o quadro de avisos. me apaixonei por esse que tem ímã e dá pra escrever de pilot. dupla função, além de ser fofo, com essa cara de caderninho. tem coisas que são carinhas, mas vale a pena se presentear de vez em quando. principalmente com coisas que durarão anos. esse é da joujou.
detalhes, porta lápis, caixas, de pátina provence. essa é a textura que mais me agrada, além de uma das mais fáceis de fazer. basta passar a trincha com tinta de parede branca (sempre sobra um pouquinho da obra) e pincel com pouca tinta, deixando falhar de propósito. depois de seco, outra camada. depois de seco, lixa as arestas. depois uma camada de cola branca pra fixar. fim. essa pátina provence cai muuuito bem com estampa floral, eu acho. e aproveito para deixar elementos assim por perto, como mostra a foto.
a cortina foi presente da mamãe e o quadriculado vermelho faz lembrar que estamos num anexo da cozinha, sem deixar de ser bonitinho. só colocar o bastão de pressão na parede que me fez pensar que gente ajudando é fundamental... ufa.
uma boa cadeira a coluninha agradece. essa tava na promoção e a tia da loja ainda fez um descontinho porque eu também levei o sofá. da toque a campainha (vale a pena. ao vivo as peças são melhores do que a cara do folder que vem no jornal)






pra finalizar, o banheiro:




era pra ser o carro chefe da casa, mas virou um banheiro semi-infantil. tudo bem, é bonitinho, dá pra relevar. esse deu um trabalhão pra rejuntar, os azulejos estavam bem comprometidos, tem tons de branco diferentes, mas no final ficou ok. é que eu não gosto de azulejo pintado, paciência, ninguém mandou.
rejuntei com rejunte mesmo (diferentemente da cozinha que foi com a tal zapt). e numa parede do box e na da pia, com tinta acrílica rosa. uma trabalheira, com pincel fininho, pintando um a um... era a diversão das madrugadas, que eu tinha que fazer silêncio em plena obra.
as borboletas são adesivos da gecko.
sempre quis cortina de pano e quase torci pro ap não vei com blindex (pasmem). sorte minha, não era exatamente este o tecido que eu queria, mas valeu. pra deixar impermeável, a cortina tem duas camadas. uma (não pode ser cortina comprada pronta, essa é muuito fininha) de plástico transparente bem espesso (é bom que não mofa), o ilhós mandei colocar no sapateiro. a cortina é só amarrar por cima!
prateleiras prontas da casa & video. essas já nasceram rosa mesmo. o tampo do vaso a princípio estava com pé atrás de ser rosa também, mas até agora ainda não me arrependi.



é isso então, pe-pessoal.
quem tiver dicas ou ideias, serão bem vindas. naturalmente para uma próxima casa, pois essa já deu uma trabalheira...
mas falemos sério: que trabalheira boa!!

venham tomar um chá e papear. trocar figurinhas é uma maravilha!
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Que Separação Que Nada, Vinícius!

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de repente suspirei
e de repente me lembrei
que de repente o beijo foi inteiro encaixe e de repente o sorriso insistia em dar as caras.
de repente.
que de repente dançar ficou muito mais gostoso e de repente era ele
que entrava porta adentro, alma adentro.
e de repente pedia licença e num rompante simplesmente entrava
e que eu de repente
esqueci a porta aberta
e que eu consequente
quis e permiti que entrasse
e de repente estava ali um entendido interessado no assunto-eu.
um pesquisador empenhado
um apertar delicado
um descobridor de prazer absurdo.
e de repente eu estava junto, eu estava nua, de repente.
e então quis mais
e então quis nós
tudo muito de repente.
e então eu quis
que pudesse ser constante
sensação de ter pra sempre
um suspiro assim,
que acontece de repente.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Olha Ali O Aviãozinho!

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a criança chorava, pois queria o pirulito.
não, não podia pirulito aquela hora.
a mãe via a criança chorar e, em desespero para vê-la quieta:
"olha, filha, o aviãozinho passando lá no céu..."
a criança se distraiu e parou de chorar.
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tá.
parabéns, mamãe.
os transeuntes agradecem e ninguém vai te olhar com cara feia de "a filha dela chora".
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agora: uma pergunta: e o pirulito?
a criança não deixou de querer em nenhum momento.
ela também não ouviu um "você não vai ter o pirulito pelo motivo tal".
ela simplesmente se distraiu com outra coisa...
e não chorou a falta dele, e não soube o motivo de não poder, esqueceu.
esqueceu até a hora em que vir o pirulito novamente, trazendo tudo à tona.
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pois bem.
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tem gente que leva assim, as relações. por educação, não chora as frustrações, às vezes nem sequer as reconhece. simplesmente se distrai com o novo que surge a sua frente.
sendo assim, não chora até o fim a falta do que não teve, não descobre o motivo, simplesmente vai em busca de um novo início sem antes viver até o final.
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uma vez me disseram que "é preciso acabar aquilo que se começa".
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pois bem, tentarei.
aliás, aproveitando o momento de fim imposto pela vida, aproveitando que a lua ajudou a derreter coração empedrado, aproveitando o entender o porquê do não-pirulito...
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recomeço.
ponto, parágrafo.
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