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domingo, 30 de novembro de 2008

Tudo Palhaçada

Jornal, TV, calçadas próximas à Cobal do Humaitá.
Tudo palhaçada, não fosse trágico.
O resto, todo o resto, sou só eu.
E meu bendito olhar.
Palhaçada.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Banalogias

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Tento não deixar o 'toc' ser maior do que meu dia a dia.
Tento não me importar 100% com as diferenças de gênero no uso do simples tampo do vaso sanitário.
Mas me dei conta que desde que saí da limpíssima e esterilizadíssima casa de mamãe tenho implicâncias com qualquer assento íntimo.
Afinal, talvez seja ali o único momento em que estamos realmente sozinhos.
Filosofias matinais à parte, fez parte da arrumação da casa me presentear com o detalhe mais detalhe do detalhe de minha casinha: um tampo novo. Branquinho e brilhante, como na casa de mamãe.
Sempre quis, mas sempre ficou pra depois.
Sabe que valeu à pena?
Foi como uma renovação interna, ou um novo e poderoso defumador adentrando a casa.
Incrível.
Perda de tempo, ainda mais parar pra escrever sobre!?
Nem.
Quis deixar registrado.
O Domingos que diz que qualquer desejo que você tenha, por menor que seja, deve ser respeitado. "A máquina de desejar do homem é muito frágil, se não for satisfeia, quebra".
Sábias palavras.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sobre Filmes, Caixas e Cedilha

Festival te entope de filmes, conceitos, ideias, diferentes olharese imaginacoes.
E ha uns filmes que te desentopem, tiram a esperta rolhinha dos olhos e te fazem renovar aquelas que ja quase viravam pedras de tao paradas lagrimas.
Muito bom.
Fora o orgulho que so aumenta, pois os melhores filmes que vi, e nao so eu achei como todo o publico, sao dos meus amigos.
Muito, muito bom.
Nessa, vi minha irma, linda, linda, enorme e talentosa.
Sem tamanho.
Meu peito quase explode, minha cabeca remoi ideias. Algumas imagens, frases e argumentos insistem em nao serem esquecidos:
"Ah, entao voce e daqueles que quando esta de frente pro que sempre quis, vira as costas?"
- Ela guardava o coracao numa caixinha e resolveu devolve-lo ao peito. Ele resolveu enterrar o seu. Ela retirou novamente e devolveu pra caixa.
- Ele a deixou partir sem que ficassem entendidos pos-briga e ela nao poderia mais voltar.
Muitas informacoes.
Crio coragem para sair do carona do meu carro sem motorista, como no sonho da irma, coragem de viver a vida.
Vida de gente grande.
Minha devol vida.
Retorno o coracao pro peito, que de la nao mais saira, sigo confiante de volta pra minha cidade.
Proximo passo: arrumar a casa.
Todas elas.
E dessa vez, arrumar e revisar sem noias, sem me importar se o teclado nao tem acentos.
Sem ter medo de escrever coracao sem cedilha, isso em nada muda a intensidade do orgao, em si.
Hora de sair. Vou voar.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

"Cantar é mover o dom do fundo de uma paixão
Seduzir as pedras, catedrais, coração
Amar é perder o tom nas comas da ilusão
Revelar todo sentido
Vou andar, vou voar pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar encheria o que eu tenho de fundo"

ele disse.

"Canta
Vira a dor pelo avesso, canta
Larga essa vida assim às tontas
Deixa esse desenganar"

ela disse.

Viro do avesso o fundo da paixão.
Largo esse seduzir.
Deixo de perder o tom às tontas.
Vou andar pra ver se encheria esse desenganar.
No meu canto.

digo eu.

sábado, 1 de novembro de 2008

No Auge do (des) Processo

saiu:

É verão e caminho em versão pálida.
É cidade e praia e luzes e câmeras
e preciso passar em museu.
E de que maneira seria assim possível?
Treino línguas, tons menores,
toco olhar,
anéis,
tambores.
Fujo da razão.
A razão única agora é a inexistência dela.
Tudo o que é meu mais meu
mais "eu sinto"
urge por ser resgatado
deve ser isso:
pura saudade de mim.

E o que dizer sobre o que se passou?
Que estava louca,
que antecedi os passos, os dei mais largos,
errei nas escolhas?
Que caminhava em estrada errada, andava mal interpretada,
mal aproveitada, dava voltas em bolha minha?
Não.
Não.
Apenas necessitava (e ainda) do corpo na sombra,
da cabeça no colo, no travesseiro, de lembrar da casa o cheiro.

De caminhar.
Sem pressa.

***

e depois do descanso merecido, a volta, por fora ainda pálida, reluz em arco-íris interno.