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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

A Alma Imoral

Quando é que o certo é certo e o errado é errado?
E, principalmente, quando é que o certo está errado e o errado é o que é o certo?
Viver plenamente é estar na tensão entre o corpo moral e a alma. Imoral.
E toda justificativa, todas as razões, todas as explicadíssimas definições de "o que eu sou" se diluem quando se pensa no dito dia do juízo final, na "cobrança": e você, porque não foi você? Não é possível fugir. Não é justo fugir. Se passamos uma vida inteira cumprindo sabe-se lá o quê, preenchendo os dias com tarefas que nos afastam de nós, será que não estamos perdendo algo precioso? O tempo? O eu? A meta?
E pra onde aponta, interiormente sabemos bem. As certezas estão o tempo inteiro nos gritando, implorando para serem ouvidas. Melhor, atendidas.
Sigamos firme.
Marchemos na confiança.
E, quem tiver a oportunidade, assista "A Alma Imoral", com Clarice Niskier. Mobiliza muitas coisas. Internas. Certezas. Contato. O básico, do qual nos afastamos tanto.

domingo, 12 de agosto de 2007

O Momento Certo

Uma vez, andando na rua, peguei todos os sinais abertos para eu passar. O último não, estava com o bonequinho vermelho me olhando de longe... pensei: será que este será o único fechado? E ele ficou verde no mesmo instante. Sorri sozinha. Lembrei que deveria estar "no momento certo".
No momento certo, temos a impressão de sermos marionetes de algo maior. Ou Deuses de nós próprios.
Como se caminhássemos no tempo correto dos dias que devemos percorrer. Como se pegássemos todos os sinais abertos, e agora não falo só dos sinais de trânsito.
Esse momento chega quando se pensa em alguém e esse alguém liga ou aparece. Ou quando se precisa de algo que acaba te caindo às mãos. Ele chega não só quando tudo o que pensamos acontece, mas quando o próprio pensar é fluido de pré-decisões. Não é um pensamento forçado para que algo aconteça, o momento certo não mora no premeditado, no intencional, no racional. A coisa é bem mais sutil, bem mais sublime... Os dias parecem ter o tamanho deles, não falta nem sobra, e chovem as tais coincidências, nas quais nunca levei muita fé... Estamos nós. Em essência.
Assim, sorrimos à tôa e, se choramos, é com toda sinceridade.
Nasce nesse momento uma tal certeza, não ao certo de quê, mas a certeza em si, de que se está no caminho certo. Uma tranquilidade de respirar e seguir mesmo que não se tenha total clareza de qual direção.
O momento certo não nos diz nada de específico. Nenhuma grande verdade. Não é capaz de revelar futuros, desvendar segredos. Não nos põe à prova, não desafia. Apenas nos dá um chão seguro.
Apenas uma concreta confiança no tempo.

sábado, 4 de agosto de 2007

Cegueira

Assisti a um filme de detetive que me deixou intrigada, repasso o pensamento:
"Numa cidade, a polícia alertou para misteriosas manchinhas brancas que estariam aparecendo nos pára-brisas dos carros. Em menos de uma semana, nesta cidade, só se falava nas manchinhas brancas dos pára-brisas. Eles conseguiram. Fizeram com que toda a população olhasse apenas para os pára-brisas, não mais através deles..."
Ah! Cuidado com a televisão.
E não se deixe levar por qualquer moda que apareça.
Até breve. Esse post continua em cada um que porventura leia.