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sexta-feira, 29 de junho de 2007

Confusão

Na hora em que se misturam ações, pensamentos e sentimentos, tudo vira uma enorme bagunça!! Existem atitudes práticas a serem tomadas, decisões, escolhas. Mas por dentro, nada ajuda. Na hora em que dentro deveria ser um armário organizado, gaveta separada por etiquetas coloridas, o interno se resume em mil bilhetes de rascunho em papéis de tamanhos e cores diferentes.. uma enorme bagunça precisando de mãe, de alguém que ajude a guardar, separar, reciclar.
E o que fazer qundo mãe nenhuma pode dar sequer uma força?
Não. Trabalho solitário. Crescimento individual.
Fácil? Nem um pouco.
Dolorido? Mal paro de chorar.
Por dentro, mil escolhas. Todas as opções possíveis são verdadeiramente avaliadas. Pois todas são válidas.
Abrir um negócio, viajar pro finalmente mestrado no exterior, assinar contratos, dividir novamente a vida, assumir tudo sozinha, dar alguns passos atrás... Tudo revisto, repensado, possível.
Tem horas em que a falta de perspectiva ajuda. Ela nos abre todas as possibilidades. Do mundo, digo.
Papel em branco. Que tanto amo. Penso em rasgá-lo, será possível?
Vida em branco. Que tanto idealizo. Será possível vivê-la em paz?
Tim-tim!
Brindemos aos que se permitem!
E aos que conseguem permanecer nas escolhas!
E aos que realmente escolhem com afinco!
Sim, ando me incluindo. Humildemente, já que nem tanto...

domingo, 24 de junho de 2007

O Silêncio

Quem mora em cidade de buzinas, mais gente do que espaço, excesso de poluições das mais diversas, clama por ele.
Quem exercita o ouvido a sutis melodias, sobreposição de vozes, pianíssimos e ainda assim perceptíveis, clama por ele.
Subir ao alto de uma montanha e ouvir o silêncio interior que a beleza traz é impagável.
Olhar nos olhos e calar o silêncio com um beijo tem o tamanho do frio na espinha.
Poder fechar as janelas e viver o silêncio da paz e da calma de ter casa é quase (não quase, é.) realização de sonho.
O Silêncio.
Entidade em letra maiúscula tão esperado, tão necessário, tão envolvimento comigo mesma, tão companheiro de meditação - estado único.
Quando o mundo grita, e tanto grito sufoca, clamo por ele.
Quando a voz interna embaralha, são mil eus recorrendo às mais diversas escolhas, clamo por ele.
Quem, como eu, acompanha contradições (internas e externas) diariamente, aguarda a tão esperada hora do silêncio para viver em paz.


Mas o silêncio também mata.
Basta ele vir sem ser chamado.
Ele afasta. Afastando, dói. Doendo, me mata, aos poucos.

É hora de clamar pelo grito.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

"Eu vejo mãos estendidas por todos os cantos
Eu vejo olhos que piscam e não mudam de direção
E a fome estacionada nos bares
E a sede distribuida nos monjes
Eu vejo a garganta que espera para dar a palavra final
E traga a fumaça de nossa hera
Para criar um juizo formal
Um juizo anormal
Então não me venha falar
De certo ou errado
Não me venha falar dos outros
Ou dizer que sou alienado
Se essa história tem final
Os mártires serão calados
Porque a vida fala mais alto
Por todos de todos os lados
Eu vejo o avião que decola
Que leva seus sonhos embora
E vejo as pessoas que ficam
Vivendo em seus sonhos e choram
Eu vejo a gang do carro do ano
Que se acha melhor do que eu
E as favelas que crescem aos montes
Nos separamos por razões distantes
Então não me venha falar
De certo ou errado
Não me venha falar dos outros
Ou dizer que sou alienado
Se essa história tem final
Os mártires serão calados
Porque a vida fala mais alto
Por todos de todos os lados"

Das Nuvens, do Thiago Fragoso.
Caiu das nuvens, como uma luva.
De volta, literalmente, ao Rio de Janeiro.

sábado, 16 de junho de 2007

Falta


De sono.


De ar.


Remexo o passado, vasculho papéis... procuro alguma coisa que preciso carregar comigo, mas não encontro. Falta alguma coisa. Esqueci... e foi aonde, mesmo?


Como se o mundo estivesse estacionado numa vaga qualquer, bem longe. Ficou guardado, amarelado, enferrujado. Procuro então sob a poeira qualquer papel que guarde meu nome. Mas eles estão em branco. Desisto de escrever qualquer coisa sobre eles, não se aposta o futuro em folhas velhas...


Aparece em minhas mãos uma foto 3x4. É o rosto de um bebê. Sou eu? Digo, fui?


Pouco importa. Ele ainda tem brilho nos olhos.
Crédito da foto: Sinais do Tempo (Elda Maria)

domingo, 10 de junho de 2007

Intimidade. Ou ostras sem chave.

Tem gente que a gente conhece um dia e parece que já é amigo há anos...
Tem gente que a gente conhece há anos e parece que nunca vai ter intimidade...
- E tem gente que a gente conhece pouco e quer ter intimidade. - Minha irmã falou, depois que leu.


Vamos tentar entender a intimidade...?

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Acho que preciso de mais intimidade comigo mesma para entrar nesse assunto.