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quarta-feira, 30 de maio de 2007

O Não Fazer Nada

“Como gostaria de não ter nada pra fazer...”
Acordar, levantar porque já se ficou demais na cama. Comer porque senão vai ficar tarde para tomar café e almoçar direto é ruim. Olhar para a casa grande que não é sua, ligar a TV e desligar, ligar o computador e ficar em dia com o mundo virtual, falar besteira no messenger... na boa, não fazer nada é um saco!!
Nem inspiração para escrever, vem...
Vou deixar o que vier na cabeça e se ficar massante, a culpa não é minha:
Ta sol lá fora mas tô com preguiça de tirar o pijama; tem um político corrupto (redundância?) que foi descoberto e teve a cara de pau de dizer pra todo mundo que consegue provar o que tá na cara que é mentira lavada; o interfone da casa da minha tia é muito parecido com o telefone e eu nunca sei qual é qual; cheiro de bife é bom, apesar de eu não gostar de carne; dois amigos meus são primos e estão namorando e eu achei legal à beça, apesar de saber que comigo certamente não daria certo; estou ficando super atualizada no mundo virtual embora saiba que um dia vou desaparecer de novo; entrar no mundo do cinema é muito excitante embora eu ainda não esteja tão excitada; estou cagando regra de não fazer nada mas amanhã o bicho vai começar a pegar e se eu reclamar de falta de tempo, me mato; queria entender como funciona minha saudade; adoro conhecer gente nova e depois fico com vergonha da intimidade; a gente estabelece um tipo de relação diferente com cada pessoa e a impressão que me dá é que eu sinto mais saudade da relação que estabeleci do que da própria pessoa; não fazer nada é sinônimo de ficar sozinho e eu queria aprender a ficar sozinha mas não quero aprender a não fazer nada; aprender a ficar sozinho sendo casada é mole mas ao mesmo tempo muito mais difícil; isso aqui virou minha terapia e hoje é quarta feira, são 11h30 da manhã, horário da minha terapia, se eu estivesse no Rio; eu não acredito em coincidência; eu possuo um relógio biológico e quando estou longe de onde minha biologia reconhece como meu espaço algumas coisas ficam confusas; mas o horário da terapia ainda está funcionando... na boa... esse é assunto meu e da Maria Cristina. Vou tirar o pijama e aproveitar o sol que está lá fora... No Rio tá frio.

terça-feira, 8 de maio de 2007

A Saudade

Saudade não pede licença. Quando entra se apossa, como dona de casa sem pudor de abrir todas as portas, acender as luzes, abrir os armários.
A saudade não faz cerimônia alguma.
Basta encontrar algum espaço-tempo propício, uma fresta na distância entre dois, ou mais, ou coisas.
E dói.
Melhor, arde.
E arde mais à noite.
E a cama fica mais fria. E o sono mais independente e teimoso. Não basta chamar, ele não vem.
Não tem sono que ajude o tempo passar.
Só o próprio tempo ajuda.
Só o tempo...
E o abraço.