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quinta-feira, 22 de março de 2007

Sobre ter Cautela

Andei relendo coisas antigas. Escritos assim, que nunca saíram do caderno. Ainda bem.
Andei pensando sobre ter cautela. E descobri algo novo. Novo e necessário. Ela, em si.
Sou 99% impulso. Nada cautela. E descobri que a felicidade está na calma. Devo então ter sido um bocado infeliz, pensei.
Restringindo as porções de exagero, agrupei a cautela com alguns amiguinhos que me parecem ser inseparáveis dela: a serenidade; o olhar amplo; o ouvir o dentro; a paciência; a respiração; o medo... opa! Você não, Senhor Medo. Você fica fora da lista... O Senhor já teve um dia todinho seu (segundo post do “Outra Parte”), pode acompanhar alguém que deixe!
Continuando...
Um dos escritos antigos dizia mais ou menos assim...

O que me impede?
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(umas coisas que não fazem mais sentido...)
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Sou eu
Que me impeço.

Olha lá! Aí está o Senhor Medo querendo andar ao lado da Cautela e sem a menor razão.
Vamos tentar me responder.
O que me impede?
Bom, se você está no momento certo e não age, o que impede é o medo. Portanto, hora de mandar esse amiguinho passear por outros cantos porque aqui não vagamos com essas más companhias. Agora, se esse não é o momento de prosseguir, o que impede é exatamente ela: a sábia Cautela! Ela sabe exatamente por onde e com quem passear, ela acompanha da maneira mais devida possível, ela é necessária, quando se está no momento certo.
É a segunda vez que cito esse tal “momento certo”. Vamos esquecê-lo, por enquanto, dia desses escrevo um post exclusivamente dele. Entendam da maneira como aceitarem por momento certo, o importante é saber se é hora de agir ou de esperar.
Sim, tudo tem sua hora.
Não, nem sempre ficar parado significa covardia.
Pois é.
Deve ser bom ter, assim, na prática, essas certezas que a gente tem ao escrever...

Até a próxima e boa sorte... para nós.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Minha Visita à Camara dos Deputados

Aproveitando minha passagem por Brasília, fui visitar meu possível futuro emprego. Sim, pessoas. Também sou uma concursando. E esse ano, tem Camara dos Deputados. Como preciso decorar, dentre outras coisas, um Regimento de 282 artigos de cabo a rabo, segui o conselho do meu sábio amigo brasiliense e fui visitar a Camara para poder ter ao menos uma memória visual da coisa...
Quis marcar meu horário da visita pelo telefone e a atendente simpática disse que, como era somente eu, poderia me juntar a qualquer grupo de visitas, que saem de meia em meia hora. E lá fui me juntar ao grupo das 17h.
Cheguei lá, passei pelos procedimentos normais de empresas grandes, como apresentação de identidade e fotinho na recepção e fui me juntar ao meu grupo: eu, comigo mesma. Só eu mesma para achar interessante este passeio, pensei. Fui apresentada ao meu digníssimo instrutor (funcionário da Camara, portanto possível colega) e pela fisionomia/ jeito/ etc, pude sacar que a viagem seria ao menos divertida. O saguão do prédio estava lotado. Muitos fotógrafos, senhores da Marinha exibindo seus uniformes, crianças da rede pública uniformizadas, executivos de terno e alguns curiosos. Sabia que aquele evento nada tinha a ver com a rota da minha visita, mas meu divertido instrutor foi me mostrar. Tinham algumas estatuetas de pingüins (acho que a esposição tinha a Antártida como tema) e, não sabendo exatamente o porquê, ouvia meu instrutor apontando e dizendo: "Viu?" (Não reparem, vocês vão entender que ele não possui uma linha lógica de raciocínio) Logo após os pingüins, meu instrutor me levou para AS COSTAS de uma TV de plasma e um aparelho de DVD que mostrava um filminho sobre algo que só assistia quem estava DE FRENTE, obviamente. Me mostrou as ligações dos fios da TV para o DVD (!!?!!). E as costas de um painel automático que passava girando algumas fotos. Tipo aqueles que ficam nos pontos de ônibus com 3 ou 4 propagandas, revezando espaço. Apontou para as costas do painel: "Aqui, elas vão rodando e mostrando, viu?" Depois de rodarmos um pouquinho dentro da exposição ele (finalmente!!) resolveu iniciar minha visita de grupo-eu. Subimos primeiro no prédio do Senado (primeiro aprendizado do dia: os prédios do Senado e da Camara são vizinhos e idênticos. (São aquelas "torres gêmeas" de Niemeyer, entre o semi círculo de cabeça pra cima e o semi círculo de cabeça pra baixo, cartão postal de Brasília.) Cheguei na entrada e tive que deixar todos os meus pertences com a senhorinha do guarda-volumes. Fato que depois me arrependi, pois queria ter tido ao menos um lápis e papel à mão para não perder nenhum detalhe da aventura... Fiquei um tempo ouvindo meu instrutor cumprimentar suas colegas que tomavam um lanche e se queixar de uma visita de um grupo marcado para amanhã, que queria ter vindo hoje, mas como hoje já era um dia cheio, devido à exposição dos milica ele havia proposto uma nova data... coitado, que vida dura. Enfim, subimos. Essa parte foi realmente emocionante! Assisti ao vivo aquelas reuniões que aparecem na TV Senado, onde fica um cidadão falando ao microfone, várias cadeiras vazias e outros cidadãos fazendo outra coisa qualquer que não prestar àtenção. O cidadão, no caso, era o nosso digníssimo presidente do Senado, que eu não conhecia. Fiquei por lá bastante tempo, enquanto meu instrutor tentava decifrar se o presente que havia ganho era um CD ou DVD do grupo forró alguma coisa, um pouco parecido com a Banda Calypso, mas sem a fama. "Que pena, pensei que fosse DVD", ele disse. Aliás, falava mais de sua família e dos bairros do Rio de Janeiro (que, alôu, eu já conheço, obrigada!) do que da Camara ou do Senado. Quis saber qual o concurso eu iria prestar e se revoltou com a esposa ao saber que o cargo possuía mais vagas do que o que ela iria se inscrever, o que rendeu mais alguns comentários. Ele quer comprar um apartamento no Recreio para férias, seu irmão é deficiente físico, Cabo Frio não é mais como antigamente, em Niterói tem a praia de São Francisco que é uma ótima opção à noite, ficou lá, falando... mas me pediu silêncio para ouvir o pronunciamento de um senador que falava da morte de um outro, quando eu fui tirar uma dúvida ingênua qualquer sobre o funcionamento da reunião. Ficamos lá, ouvindo pronunciamentos, por uns 30 minutos da minha visita de 40 minutos. "Vamos continuar nossa visita?" Propus. Ele, um pouco a contragosto, topou. Fomos então, à mesma sala, equivalente, porém do prédio da Camara! Agora sim, estava me aproximando de algo importante e realmente interessante. Era igualzinho, só que uma verdadeira zona, onde todos falavam ao mesmo tempo, Deputados aos montes de pé enchiam a sala e alguém tentava, em vão, gritar alguma coisa ao microfone. Divertidíssimo. "Será aqui dentro que vou transformar minha vida de paz em inferno?" Pensei, desanimada. Depois fiquei catando o Gabeira, o Clodovil e o Frank Aguiar para meu instrutor, que me insistia pois estava sem seus óculos. Não achei nenhum dos três, embora possa ter visto o Frank Aguiar, que não sei a fisionomia mesmo, e tampouco saberia que ele também é Deputado, além de cantor romântico. Ou será country? Enfim, saímos da sala e meu instrutor me levou para dar uma volta pelas edificações. Conheci os gabinetes e a sala de café dos deputados, que, segundo meu instrutor, colocaram película de bronze no blindex pois dava para ver os caras não trabalhando e assitindo TV de plasma, que garantiu o tio que ele viu lá dentro, antes de aplicarem a tal película. Continuamos nosso passeio, não antes de saber o preço do bronze e sua vontade de fazer o mesmo no banheiro de sua casa. De repente, ele entrou numa ala que certamente fazia parte da visita oficial (pois ele disse que, como eu era um grupo "pequeno", faria uma visita diferente) e desandou a falar decorado sabe Deus porquê. E, claro, de falar decorado eu entendo. Ele não era nada natural. E tinha péssima dicção. A única parte que eu entendi foi a que tinha legenda: Numa exposição do chamado "Túnel do Tempo", ele fez o favor de ler pra mim todo um texto que acompanhava uma das fotos, como se estivesse me explicando um assunto que dominasse. E fechou com chave de ouro ao ler o título: "É isso que quer dizer, entendeu?" Antes de dar uma bela gargalhada fui salva pelo celular que tocou, meu primo me esperava no estacionamento, nossa visita já durava mais de 25 minutos além do horário estabelecido. Para completar, meu instrutor ainda veio me mostrar um último pingüim do saguão que tinha as pegadas de adesivo marcadas no chão até a exposição (como fazemos na páscoa para as crianças com farinha) e (juro!!) foi pisando por cima delas, como quem pula amarelinha. Me deu um livreto de lá ("Vai ser útil para você estudar para a prova ") e um cartão postal ("É a única coisa de graça por aqui. Você pode enviar para qualquer lugar do Brasil, é só escrever a mensagem, o endereço e colocar naquela urna, que a gente envia. Mas como seu primo está esperando, guarda de recordação.")
E assim terminou minha visita.
Acho que vou passar na prova, depois disso.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Investir

O tempo todo estamos dando chances:
às pessoas das quais gostamos, ao trabalho que quer ser feito, à arte que ainda resiste, aos grupos que estão sempre beirando ao fim.
Viver em paz é dar uma chance a mim.
Poder amar quem amo e investir no amor.
Poder dedicar meu tempo ao estudo e trabalho no qual acredito é investir na felicidade.
Poder arrumar meios de conseguir garantias financeiras é investir no futuro.
Poder dizer não é investir na certeza do sim.
Investir.
Tempo, grana, paixão. Investimentos não são perda de tempo. Nem de grana, nem de nada. É simplesmente uma aposta. Em si.
Depois de encontrada a certeza, basta apostar.
Não é blefe.
Apenas a silenciosa sabedoria do que se quer.
E do que se pode.
E do que se terá em retorno.

Bom investimento, e até a próxima.

segunda-feira, 5 de março de 2007

recado aos transeuntes

Pessoas todas que por aqui passam:
Descobri que nem todo mundo tem conseguido publicar um comentário, por não ser usuário do blogspot...
Dica (já testei e funciona!):
Quando for pedido seu nome de usuário e senha, podem dar os mesmos do Orkut (para aqueles que possuem), pois eles reconhecem qualquer conta google que vocês tenham!
Portanto, é só...
Até a próxima!